quinta-feira, 10 de junho de 2010

OS FESTIVAIS BRASILEIROS

A partir da década de 1960 O cenário musical brasileiro abrigava novos artistas que viviam num período politicamente marcado por uma democracia que permitia a realização desses festivais musicais.

No início da década de 1960, a TV Tupi de São Paulo produziu um programa chamado “Hora da Bossa”, nessa época aconteciam vários shows em barzinhos, faculdades e na rádio. Devido isso, o produtor de TV Solano Ribeiro se inspirou e realizou o “I Festival da Música Popular Brasileira”. O torneio, disputado em 1965, foi vencido por Elis Regina com a canção “Arrastão”. A TV Excelsior, a primeira a realizar o evento, acabou perdendo o programa com a proposta que levou Solano Ribeiro para a TV Record.

A Rede Record, então, investiu na produção de festivais e de dois novos programas, nos quais ‘’dividia’’ a música brasileiras em duas partes: o Bossaudade, onde os estilos musicais mais antigos e tipicamente brasileiros eram prestigiados, e a Jovem Guarda, onde jovens embalados pelo rock curtiam o som da turma de Roberto e Erasmo Carlos.

Esses dois programas acabaram gerando uma grande rivalidade nos festivais, onde nacionalistas e experimentais ofereciam os mais variados sons ao público. Devido á censura durante a ditadura militar, os festivais acabaram perdendo sua viabilidade a repressão instaurada. Um dos maiores casos dessa mudança aconteceu durante o festival de 1968, quando o cantor Geraldo Vandré conquistou todo o público com a música “Caminhando”. Os representantes do governo, antes do anúncio dos vencedores, proibiram que Vandré fosse considerado o autor da melhor canção.
Mesmo durante um curto período de tempo, os festivais marcaram um período de intensa atividade cultural que apontava para diferentes transformações históricas. A televisão viria a se transformar em um espaço de discussão pública onde os eventos acontecidos seriam alvo de debate das pessoas nas ruas, na casa e no trabalho.

O vídeo mostra a música de Geraldo Vandré

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